Expressão Corporal para Advogados

04 de julho de 2019

Tributação para Advogados

A expressão corporal, juntamente com a voz e a palavra, é responsável pelo transporte da mensagem do advogado ao ouvinte.

 

Embora cada um desses condutores tenha a sua importância própria, e a falta ou deficiência de um deles possa comprometer todo o processo de comunicação, o papel da expressão corporal é mais evidente.

No estudo da expressão corporal serão observados os seguintes itens:

  1. O processo natural da gesticulação.
  2. Atitudes desaconselhável
  3. A boa expressão corporal para falar

 

      1. O processo natural da gesticulação

Em primeiro lugar, observe como você e os seus colegas advogados gesticulam quando estão conversando descontraidamente. O gesto obedece a um processo natural, isto é, ocorre antes da palavra ou junto com ela, não depois.

Quando você pensa no que vai falar, assim que a ideia aparece emite uma ordem para o seu corpo, que imediatamente obedece com o movimento, depois é que irá pronunciar as palavras.

Existem dois maiores erros da gesticulação, que são:

  1. A ausência de gestos: Se você não usar os gestos ou ficar imóvel ao falar não estará aproveitando um dos recursos mais valiosos que tem à disposição, ou seja, poderia fazer uma apresentação melhor apenas com os recursos que possui.
  2. O excesso de gesticulação: Se você falar com excessos de gestos, mesmo que o conteúdo seja bom, os movimentos exagerados dos braços poderão desviar a concentração dos ouvintes e até dificultar o entendimento da mensagem.

 

       2. Atitudes desaconselhável

O fato de essas atitudes serem consideradas desaconselháveis, ou seja, não significa que estejam sempre erradas.

De maneira geral, não fale com as mãos nos bolsos ou nas costas, com os braços cruzados, apoiados o tempo todo sobre a mesa, a tribuna ou a haste do microfone.

Não se apresente com postura humilde, por exemplo: de alguém derrotado, nem com prepotência, com ar arrogante.

Além disso, não se movimente diante do publico de maneira desordenada, de um lado para o outro, sem objetivo.

Diante do público, observe os gestos involuntários, como coçar a cabeça, segurar a gola da blusa ou do paletó, mexer na aliança, na pulseira, distrair- se com um lápis ou caneta e tantos outros movimentos inconvenientes.

 

      3. A boa expressão corporal para falar

Para desenvolver uma boa expressão corporal, observe as seguintes orientações:

  • Faça um gesto para cada informação predominante na frase

Cada frase possui uma ou duas informações de sentido predominante na mensagem. Ou seja, faça um gesto para cada uma das informações predominantes, e não um gesto para cada informação.

  • Não tenha pressa de voltar para a posição de apoio

A posição de apoio ocorre quando as mãos e os braços estão parados, sem gesticulação. Não tendo pressa de voltar para a posição de apoio, poderá, da mesma forma, fazer gestos o tempo todo. Esse retorno a posição de apoio, não irá apresentar excesso de gesticulação.

  • Gesticule com os braços acima da linha da cintura

O gesto é mais expressivo quando realizado acima da linha da cintura e normalmente abaixo da linha da cabeça.

  • Varie os gestos

Se os gestos forem sempre os mesmos, ficarão evidentes e serão percebidos com facilidade pelo público. Diversifique a gesticulação ora usando os dois braços, ora apenas um deles.

  • Use o semblante para se comunicar com mais expressividade

A fisionomia é um dos maiores indicadores das nossas intenções e sentimentos. Pela razão que, é fundamental observar, se você não está apresentando contradições entre o que diz com as palavras e o que demonstra com o semblante. Nunca é demais lembrar que o sorriso é uma das armas mais poderosas da comunicação.

  • Olhe para os ouvintes

Com a comunicação visual, você atingirá dois objetivos: receberá o retorno do comportamento do público e valorizará a presença dos ouvintes.

 

Fonte: Oratória para Advogados e Estudantes de Direito. Autor: Reinaldo Polito

 

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